sábado, 26 de dezembro de 2009
Eu não acredito em gnomos ou duendes, mas vampiros existem. Fique ligado, eles podem estar numa sala de bate-papo virtual, no balcão de um bar, no estacionamento de um shopping. Vampiros e vampiras aproximam-se com uma conversa fiada, pedem seu telefone, ligam no outro dia, convidam para um cinema. Quando você menos espera, está entregando a eles seu rico pescocinho e mais. Este "mais" você vai acabar descobrindo o que é com o tempo.
Vampiros tratam você muito bem, têm muita cultura, presença de espírito e conhecimento da vida. Você fica certo que conheceu uma pessoa especial. Custa a se dar conta de que eles são vampiros, parecem gente. Até que começam a sugar você. Sugam todinho o seu amor, sugam sua confiança, sugam sua tolerância, sugam sua fé, sugam seu tempo, sugam suas ilusões. Vampiros deixam você murchinha, chupam até a última gota. Um belo dia você descobre que nunca recebeu nada em troca, que amou pelos dois, que foi sempre um ombro amigo, que sempre esteve à disposição, e sofreu tão solitariamente que hoje se encontra aí, mais carniça do que carne.
Esta é uma historinha de terror que se repete ano após ano, por séculos. Relações vampirescas: o morcegão surge com uma carinha de fome e cansaço, como se não tivesse dormido a noite toda, e você se oferece para uma conversa, um abraço, uma força. Aí ele se revitaliza e bate as asinhas. Acontece em São Paulo, Manaus, Recife, Florianópolis, em todo lugar, não só na Transilvânia. E ocorre também entre amigos, entre colegas de trabalho, entre familiares, não só nas relações de amor.
Doe sangue para hospitais. Dê seu sangue por um projeto de vida, por um sonho. Mas não doe para aqueles que sempre, sempre, sempre vão lhe pedir mais e lhe retribuir jamais.
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
OS DOZE TRABALHO
"... E naquela manhã, Deus comparec
"Para ti, ÁRIES, dou a primeira semente, para que tenhas honra de plantá-l
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
APRENDENDO A DESAPRENDER
Passamos a vida inteira ouvindo os sábios conselhos dos outros. Tens que aprender a ser mais flexível, tens que aprender a ser menos dramática, tens que aprender a ser mais discreta, tens que aprender... praticamente tudo.
Mesmo as coisas que a gente já sabe fazer, é preciso aprender a fazê-las melhor, mais rápido, mais vezes. Vida é constante aprendizado. A gente lê, a gente conversa, a gente faz terapia, a gente se puxa pra tirar nota dez no quesito "sabe-tudo". Pois é. E o que a gente faz com aquilo que a gente pensava que sabia?
As crianças têm facilidade para aprender porque estão com a cabeça virgem de informações, há muito espaço para ser preenchido, muitos dados a serem assimilados sem a necessidade de cruzá-los: tudo é bem-vindo na infância. Mas nós já temos arquivos demais no nosso winchester cerebral. Para aprender coisas novas, é preciso antes deletar arquivos antigos. E isso não se faz com o simples apertar de uma tecla. Antes de aprender, é preciso dominar a arte de desaprender.
Desaprender a ser tão sensível, para conseguir vencer mais facilmente as barreiras que encontramos no caminho. Desaprender a ser tão exigente consigo mesmo, para poder se divertir com os próprios erros. Desaprender a ser tão coerente, pois a vida é incoerente por natureza e a gente precisa saber lidar com o inusitado. Desaprender a esperar que os outros leiam nosso pensamento: em vez de acreditar em telepatia, é melhor acreditar no poder da nossa voz. Desaprender a autocomiseração: enquanto perdemos tempo tendo pena da gente mesmo, os demais seguiram em frente.
A solução é voltar ao marco zero. Desaprender para aprender. Deletar para escrever em cima.
Houve um tempo em que eu pensava que, para isso, seria preciso nascer de novo, mas hoje sei que dá pra renascer várias vezes nesta mesma vida. Basta desaprender o receio de mudar.
Martha Medeiros
terça-feira, 21 de julho de 2009
Amores mal resolvidos não permitem uma nova chance -->
-->
"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver".O seu relacionamento acabou? Por quê? Você acha que viveu ele em todas as etapas, início, meio e final? Tem certeza que não deixou nenhuma porta encostada, nenhuma etapa para trás?Nada é mais perigoso do que sair de um relacionamento e deixar uma porta encostada. Ela não está aberta para você entrar novamente e não está fechada definitivamente para que você consiga seguir sua vida tendo força para abrir novas portas.Portas encostadas são obras de amores mal resolvidos, que por um ou outro motivo deixaram suas marcas. São como feridas em cicatrização, a dor não é insuportável, mas é constante, incomoda, perturba.Uma porta encostada nunca se fechará sozinha, não existe tempo para isso. Para ela se fechar, ela precisa da sua ajuda. Só o seu empurrão pode fechá-la. E para se fechar a porta de um amor mal resolvido, ele tem que ser vivido em sua totalidade. É preciso passar por todas as etapas, atração, paixão, amor, convivência, amizade, brigas e fim. Este trajeto do amor pode ser percorrido em algumas semanas ou durar muito tempo, mas é importante que o ciclo se feche. Caso isso não aconteça, ficarão as fantasias, as idealizações e a persistência, mesmo tendo plena consciência de como essa relação faz mal. É o fechamento da porta que libera a gente para ser feliz novamente.Quando você termina um relacionamento antes do ciclo se completar, você simplesmente deixa inúmeros sentimentos e vontades de lado, como se isso nunca tivesse existido.Mas como você pode deixar tudo isso de lado?Não, você não pode. Você pode simplesmente esconder no inconsciente. Assim, na superfície você pode se tornar amoroso, mas lá no fundo o tumulto está escondido. Mais cedo ou mais tarde, em um momento de carência ou dúvida esse sentimento vai se manifestar e você irá sofrer com esses altos e baixos.Por isso eu digo, um relacionamento não precisa ser eterno, mas ele precisa ser total. A sua totalidade, trás a liberdade de sentimento, que é o mais importante anseio do homem. Consiga tudo, mas se você não for livre, ficará sempre uma dor.Se você "deve algo" ao seu antigo namorado, marido, caso, dedique um tempo a resolver isso. Nunca "esteja em débito" com algo que lhe faz mal. Coloque um fim, e bata essa porta definitivamente.Não viva tentando se enganar, mentindo para você mesmo. Aquele que mente, vive em mentiras e atrai mentiras. E as pessoas só conseguem estar conectadas com a existência através da verdade.Não existe nada de errado em assumir a sua verdade, em assumir que o seu relacionamento deixou marcas que precisam ser resolvidas.Não deixe que o ego fale mais alto. Você sabe que o sentimento existe, que a porta está encostada.Na maioria das vezes você não precisa nem estar junto da pessoa para fechar essa porta, basta assumir, encarar, falar dos seus sentimentos.Você só precisa assumir que está neste estado temporariamente, e logo ele mudará, basta você perder o medo de falar dele, de pensar nele. Não trate isso como um segredo. Trate isso como um compromisso que precisa ser resolvido, e não prorogue nem mais 1 dia.Desmistifique-o, liberte seus sentimentos, assuma os riscos e seja feliz. Fale das suas dúvidas, dos seus sentimentos com alguém que você confia, eleja um amigo, alguém que realmente goste de você, e se abra. Quanto mais tempo você guardar esse sentimento só para você, mais perdida e sem saída você ficará.A vida é generosa, outras portas se abrirão assim que você fechar essa. E a vida enriquece quem se arrisca. Ela privilegia quem descobre seus segredos. Mas a vida também pode ser dura e cruel. Se você não ultrapassar a porta encostada, terá sempre a mesma porta pela frente.É a repetição perante a criação, é a estagnação da vida. Entenda de uma vez que as portas não são obstáculos, mas diferentes passagens!
Fernando Carrara.